terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BC lança a segunda família de cédulas do Real

Brasília - O Conselho Monetário Nacional neste mês, em reunião extraordinária, o lançamento da segunda família de cédulas do Real. A nova séria de notas entrará em circulação gradualmente até 2012, mas as notas em circulação continuação a valer até a substituição integral. Lançada em julho de 1994, a série de cédulas atual permaneceu praticamente inalterada por 15 anos.
                                                                                        
Um novo design para o dinheiro brasileiro 
O projeto das novas cédulas brasileiras vem sendo desenvolvido desde 2003 pelo Banco Central em conjunto com a Casa da Moeda do Brasil – CMB, responsável pela produção do dinheiro. As novas cédulas do Real atenderão a uma demanda dos deficientes visuais, que até então enfrentavam dificuldade em reconhecer os valores das notas. Com tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às atuais, a nova família de cédulas facilitará a vida dessa importante parcela da população. Dotadas de recursos gráficos mais sofisticados, as notas ficarão mais protegidas contra as falsificações.

A temática da atual família – efígie da República nos anversos e animais da fauna brasileira nos reversos – será mantida, porém os elementos gráficos foram redesenhados, de forma a agregar segurança e facilitar a verificação da autenticidade pela população. A nova família vai manter a diferenciação por cores predominantes, aspecto que facilita a rápida identificação dos valores nas transações cotidianas, inclusive por pessoas com visão subnormal.

As primeiras cédulas a serem lançadas serão as de R$ 100 e de R$ 50, que demandam maior segurança contra falsificações por serem os valores mais elevados em circulação. A substituição do meio circulante será feita aos poucos, à medida que as cédulas atualmente em circulação forem retiradas em decorrência do desgaste natural. No primeiro semestre de 2011, serão lançadas mais duas denominações – R$ 20 e R$ 10 –, devendo toda a nova família estar em circulação em um período de dois anos.

Tecnologia de ponta  

Para produzir as novas cédulas com os recursos gráficos e novos elementos de segurança especificados no projeto, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) modernizou seu parque fabril. Para tanto, a empresa obteve em 2008 o aporte de recursos necessário para a aquisição de equipamentos de última geração na área de impressão de segurança. As novas máquinas se encontram em processo de instalação e testes, devendo estar prontas para a produção ainda durante o primeiro semestre de 2010. Com as aquisições, a CMB se equipara às empresas mais modernas do mundo no ramo da impressão de segurança, e se torna apta a oferecer seus serviços a outros países, como já ocorreu no passado. (CDFR)

Real: uma moeda que veio para ficar

Nos mais de 15 anos de Real, as cédulas brasileiras têm exercido seu papel sem nenhuma incidência grave em termos do volume de falsificações. No entanto, a popularização das tecnologias digitais, faz com que o Banco Central se preocupe em agir preventivamente de forma a continuar garantindo a segurança do nosso dinheiro nos próximos anos. Na atualidade, esta é uma realidade não só no Brasil, mas em todo o mundo: as autoridades emissoras têm buscado atualizar o design de suas cédulas com maior frequência, a fim de agregar elementos de segurança tecnologicamente mais sofisticados, capazes de resistir às investidas dos falsários.
  
Perguntas e respostas - segunda família de cédulas do Real
 Para vê as perguntas e resposta click aqui.

1. Por que mudar as cédulas?
    O Real se consolidou como uma moeda forte, usada cada vez mais nas transações cotidianas e como reserva de valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos anti-falsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos.

2. Por que a mudança está ocorrendo agora?    O projeto das novas cédulas vem sendo desenvolvido há vários anos pelo Banco Central em parceria com a Casa da Moeda do Brasil – CMB. No entanto, a atualização tecnológica das cédulas dependia da aquisição, pela CMB, de equipamentos de impressão mais modernos. Esse processo está sendo concluído em 2010, com a instalação e testes das novas linhas de produção, adquiridas por licitação em 2009.

3. As notas que já estão em circulação continuam válidas?    Sim, as notas antigas continuarão valendo e serão substituídas aos poucos, à medida que forem sofrendo o seu desgaste natural.

4. As notas antigas valerão menos?
    Não, as notas antigas continuarão com seu curso legal, com o mesmo valor.

5. Tenho que trocar minhas notas atuais pelas novas?    As novas notas entrarão em circulação através dos bancos comerciais, dos caixas automáticos e da rede de comércio. Não há necessidade de trocar as notas antigas por novas na rede bancária, pois as duas famílias conviverão em circulação por um bom tempo.

6. De que material serão feitas as novas notas?
    A segunda família de cédulas do Real será impressa em papel fiduciário, conforme a família atual.

7. Por que o processo de substituição vai se iniciar com as notas de 50 e de 100 reais?
    As duas notas de maior valor do meio circulante brasileiro são as que demandam maior proteção contra as tentativas de falsificação.

8. Quando serão lançadas as demais notas?    A previsão é lançar as novas notas de 10 e 20 reais no primeiro semestre de 2011 e as de 2 e 5 reais no primeiro semestre de 2012. As datas exatas dos lançamentos serão divulgadas oportunamente pelo Banco Central do Brasil.

9. Será lançada a nova nota de 1 real?    Apesar de estar contemplada no projeto da nova família de cédulas do Real, a nota de 1 real não tem previsão de lançamento, uma vez que, para este valor, o Banco Central vem priorizando a emissão de moedas, que apresentam uma relação custo-benefício muito superior à das notas, em função de sua durabilidade.

10. Quais são as principais diferenças das novas notas em relação às atuais?    Os novos equipamentos e insumos permitirão a impressão de desenhos mais complexos com maior precisão, aumentando a percepção de uma impressão de qualidade superior. Alguns elementos de segurança já presentes nas atuais cédulas – como a marca d'água, o registro coincidente e a imagem latente – foram redesenhados de modo a facilitar a sua verificação pela população e dificultar a reprodução por falsários. Outra novidade são os tamanhos diferenciados por denominação. Nas notas de 50 e 100 reais, a maior mudança é a inclusão de uma faixa holográfica com desenho personalizado para cada denominação, um dos mais sofisticados elementos anti-falsificação hoje existentes.

11. Por que as novas notas terão tamanhos diferenciados?
    O principal motivo é garantir a acessibilidade dos deficientes visuais ao dinheiro brasileiro, oferecendo um recurso confiável para reconhecimento e diferenciação das cédulas.

12. Quais serão as dimensões das novas notas?
    2 reais - 12,1cm x 6,5cm;
    5 reais - 12,8cm x 6,5cm;
    10 reais - 13,5cm x 6,5cm;
    20 reais - 14,2cm x 6,5cm;
    50 reais - 14,9cm x 7,0cm;
    100 reais - 15,6cm x 7,0cm.

13. Por que foram mantidos a figura da República e os animais?
    A fim de facilitar a identificação visual e diminuir o impacto da mudança para o cidadão comum, optou-se neste projeto por manter a temática das atuais cédulas do Real. Porém, foram desenvolvidas novas gravuras, tanto da figura da República quanto dos animais que estampam os reversos das notas.

14. Por que foi alterada de vertical para horizontal a orientação dos desenhos nos reversos?
    A nova orientação dos reversos permitiu uma diagramação com maior destaque para elementos de segurança importantes para a população, como a marca d'água, e a inclusão dos elementos novos, sem que se perdesse a referência visual das atuais cédulas.

15. Que aspectos das atuais notas se manterão na nova família?
    Serão mantidos os valores (2, 5, 10, 20, 50 e 100 reais) e os temas (figura da República e animais da fauna brasileira). A cor predominante de cada cédula também será mantida, porém, como a nova família conta com recursos de produção mais avançados, haverá uma maior riqueza de cores de fundo.

16. Quais os custos para a substituição das cédulas?    As estimativas apontam para um aumento de 28% nos custos de produção. Este aumento se refere à aquisição de insumos mais sofisticados, e também à depreciação dos novos equipamentos instalados na CMB. É importante observar que boa parte dos equipamentos teria que ser adquirida, ainda que o design das cédulas fosse mantido, por uma questão de necessidade de ampliação da capacidade fabril da CMB.

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