quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Sozinhos na ilha deserta
Um engenheiro finalmente conseguiu realizar o sonho da sua vida: um cruzeiro. Estava começando a desfrutar da viagem quando um furacão virou o navio como se fosse uma caixa de fósforos. O rapaz conseguiu agarrar-se a um salva-vidas e chegar a uma ilha aparentemente deserta e muito escondida. Deparou com uma cena belíssima: cachoeira, bananas, coqueiros… mas quase nada além disso. Ele se sentiu desesperado e completamente abandonado.
Vários meses se passaram, e um belo dia apareceu, remando, uma belíssima moça, daquelas de fazer parar o trânsito em São Paulo. A moça comecou uma conversa:
- Eu sou do outro lado da ilha. Você também estava no cruzeiro?
- Estava! Mas onde conseguiu esse bote?
- Simples! Tirei alguns galhos de árvores, sangrei alguma borracha, reforcei os galhos, e fiz a quilha e os remos com madeira de eucalipto.
- Mas… com que ferramentas?
- Bom, achei uma camada de material rochoso, evidentemente formada por aluviões. Eu descobri que esquentando este material a uma certa temperatura, ele assumia uma forma muito maleável. Mas chega disso! Onde você tem vivido esse tempo todo? Nao vejo nada parecido com um teto…
- Para ser franco, eu tenho dormido na praia…
- Quer vir a minha casa?
O engenheiro aceitou, meio sem jeito. A moça remou com extrema destreza ao redor da ilha. Quando chegou no “seu” lado, amarrou a canoa com uma corda que mais parecia uma obra prima de artesanato. Os dois caminharam por uma passarela de pedras construída pela moça, e depararam, atrás de um coqueiro, com um lindo chalé pintado de azul e branco.
- Nao é muito – disse ela – mas eu o chamo de “lar”. Já dentro, ela convidou:
- Sente-se, por favor! Aceita um drinque?
- Não, obrigado! Não aguento mais água de coco!
- Mas não é água de coco! Eu tenho um alambique meio rudimentar lá fora, de forma que podemos tomar Pinas-coladas autênticas!
Tentando esconder a surpresa, o engenheiro aceitou. Sentaram no sofá dela para conversar. Depois de contarem suas histórias, a moca perguntou:
- Você sempre teve barba?
- Não. Toda a vida eu andei bem barbeado.
- Bom, se quer se barbear, tem uma navalha lá em cima, no armarinho do banheiro.
O homem já não perguntava mais nada. Foi em cima no banheiro e fez a barba com um complicado aparelho feito de osso e conchas, tão afiado quanto uma navalha. A seguir, tomou um bom banho, sem nem querer arriscar palpites sobre como ela tinha água quente no banheiro. Desceu sem poder deixar de se maravilhar com o acabamento do corrimão.
- Voce ficou ótimo! Vou lá em cima também me trocar por algo mais confortável. Em instantes, a moça estava de volta, com um delicioso perfume de gardênias, e vestindo um estonteante e revelador robe, muito bem trabalhado em folhas de palmeira.
- Bom – disse ela – ambos temos passado um longo tempo sem qualquer companhia… Você não tem se sentido solitário? Ha alguma coisa de que você sente muita saudade? Que lhe faz muita falta e do qual todos os homens e mulheres precisam?
- Mas é claro! – disse ele esquecendo um pouco sua timidez. Tem algo que venho querendo todo esse tempo. Mas… aqui nesta ilha… sabe como é… era simplesmente impossível.
- Bom, já não e mais impossível, se é que você me entende…
O rapaz, tomado de uma excitação incontrolável, disse, quase sem alento:
- Não acredito! Você não está querendo dizer que… você bolou um jeito de pegar os seus e-mails aqui, na ilha?!
Vários meses se passaram, e um belo dia apareceu, remando, uma belíssima moça, daquelas de fazer parar o trânsito em São Paulo. A moça comecou uma conversa:
- Eu sou do outro lado da ilha. Você também estava no cruzeiro?
- Estava! Mas onde conseguiu esse bote?
- Simples! Tirei alguns galhos de árvores, sangrei alguma borracha, reforcei os galhos, e fiz a quilha e os remos com madeira de eucalipto.
- Mas… com que ferramentas?
- Bom, achei uma camada de material rochoso, evidentemente formada por aluviões. Eu descobri que esquentando este material a uma certa temperatura, ele assumia uma forma muito maleável. Mas chega disso! Onde você tem vivido esse tempo todo? Nao vejo nada parecido com um teto…
- Para ser franco, eu tenho dormido na praia…
- Quer vir a minha casa?
O engenheiro aceitou, meio sem jeito. A moça remou com extrema destreza ao redor da ilha. Quando chegou no “seu” lado, amarrou a canoa com uma corda que mais parecia uma obra prima de artesanato. Os dois caminharam por uma passarela de pedras construída pela moça, e depararam, atrás de um coqueiro, com um lindo chalé pintado de azul e branco.
- Nao é muito – disse ela – mas eu o chamo de “lar”. Já dentro, ela convidou:
- Sente-se, por favor! Aceita um drinque?
- Não, obrigado! Não aguento mais água de coco!
- Mas não é água de coco! Eu tenho um alambique meio rudimentar lá fora, de forma que podemos tomar Pinas-coladas autênticas!
Tentando esconder a surpresa, o engenheiro aceitou. Sentaram no sofá dela para conversar. Depois de contarem suas histórias, a moca perguntou:
- Você sempre teve barba?
- Não. Toda a vida eu andei bem barbeado.
- Bom, se quer se barbear, tem uma navalha lá em cima, no armarinho do banheiro.
O homem já não perguntava mais nada. Foi em cima no banheiro e fez a barba com um complicado aparelho feito de osso e conchas, tão afiado quanto uma navalha. A seguir, tomou um bom banho, sem nem querer arriscar palpites sobre como ela tinha água quente no banheiro. Desceu sem poder deixar de se maravilhar com o acabamento do corrimão.
- Voce ficou ótimo! Vou lá em cima também me trocar por algo mais confortável. Em instantes, a moça estava de volta, com um delicioso perfume de gardênias, e vestindo um estonteante e revelador robe, muito bem trabalhado em folhas de palmeira.
- Bom – disse ela – ambos temos passado um longo tempo sem qualquer companhia… Você não tem se sentido solitário? Ha alguma coisa de que você sente muita saudade? Que lhe faz muita falta e do qual todos os homens e mulheres precisam?
- Mas é claro! – disse ele esquecendo um pouco sua timidez. Tem algo que venho querendo todo esse tempo. Mas… aqui nesta ilha… sabe como é… era simplesmente impossível.
- Bom, já não e mais impossível, se é que você me entende…
O rapaz, tomado de uma excitação incontrolável, disse, quase sem alento:
- Não acredito! Você não está querendo dizer que… você bolou um jeito de pegar os seus e-mails aqui, na ilha?!
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