Por Veronica Deviá
10. Monitor de tubo
Quem ainda não tem, já colocou na lista de futuros planos de consumo uma TV de LCD. Não só pela qualidade da imagem, mas pelo aproveitamento de espaço, já que a tecnologia usada nestes aparelhos dispensa o ultrapassado monitor de tubo, que nasceu com os primeiros televisores - e também computadores. Ele não pode ser considerado totalmente obsoleto, porque ainda é muito comum nas casas brasileiras, mas está sendo substituído com tanta rapidez, que já entrou em um estado de convalescença sem retorno. Com ele, vão-se brincadeiras como eriçar os pelos do braço com o campo magnético emitido pela tela da TV - efeito que não acontece na de cristal líquido.
9. Toca-disco
Numa era em que os MP 3, 5, 10 e iPods de todos os tipos estão passando para trás os até então insuperáveis CDs, o que dizer dos antigos toca-discos? Primeiro, que as gerações mais novas sequer passaram pela experiência de colocar os “bolachões” nas pouco práticas vitrolas, cuja agulha soltava um chiado característico ao tocar o LP e o ouvinte tinha de prestar atenção nas linhas divisórias para acertar a faixa da música desejada. Hoje, limitam-se a ser artigos de colecionadores e objetos de nostalgia dos saudosos anos 80 e 90 - quando um aparelho de som para ser bom mesmo deveria ter o toca-discos acoplado.
8. Secretária eletrônica
Antes dos celulares se tornarem item obrigatório de 99% da população mundial, ficava a cargo da secretária eletrônica ou do vizinho “anotador de recados” a função de avisar que alguém havia ligado. A secretária, claro, dispensava favores e estava disponível todo o tempo - ou até encher a fita cassete. A mensagem padrão “Deixe seu recado após o sinal” ainda hoje é reproduzida nas caixas postais da maioria dos telefones móveis. Quem ainda conta com esse tipo de tecnologia nos telefones de casa usa modelos digitais, semelhantes às dos celulares.
7. Fax
Quando só se podia contar com os correios para enviar qualquer correspondência e era necessário esperar dias e até semanas para receber um retorno, o fax surgiu como uma grande inovação. Afinal, bastava fazer uma ligação normal para que a pessoa do outro lado da linha recebesse uma cópia da sua mensagem imediatamente. Com a chegada da internet, porém, o aparelho só vem perdendo espaço, já que ligar, pedir o sinal de fax e inserir folha por folha da mensagem que deseja passar chega a ser uma eternidade se comparado à velocidade - e à segurança - proporcionada pelos e-mails.
6. Walkman
O walkman permitiu que o prazer de ouvir seu som preferido extrapolasse as paredes de casa. É o precursor dos “MP todos” e, quando foi apresentado ao mundo há mais de 30 anos, a sensação de ouvir sua música com fones de ouvido em qualquer lugar superava o contratempo de ter que voltar a fita cassete - no próprio aparelho ou com uma clássica caneta - caso quisesse um replay da música. O coordenador do grupo japonês que criou o aparelho apostava na venda inicial de 100.000 unidades. Não chegou nem perto na previsão: cerca de 1,5 milhão walkmans foram comercializados.
5. Pager
Também chamados de bipes - em referência óbvia ao som que emitiam ao receber uma mensagem -, esses aparelhos portáteis fizeram as vezes de “secretária eletrônica ambulante” antes da chegada dos celulares. Era a maneira mais eficaz de enviar um recado urgente, que a pessoa retornava assim que encontrasse algum telefone disponível. Mas, para quem enviava a mensagem, a eficiência não era tanta, já que era preciso entrar em contato com uma central telefônica, que recebia e encaminhava o texto ao destinatário.
4. Máquinas Polaroid
No tempo em que, para conferir como havia ficado uma foto, a única saída era levar o filme a um laboratório fotográfico e esperar a revelação - que levava, no mínimo, 24 horas -, as máquinas Polaroid chegaram com a “mágica” da instantaneidade. Afinal, além de não precisar completar um filme todo - de 12, 24 ou 36 poses - para revelar as fotos, você ainda contava com a sensação de ver o papel branco ganhar formas e cores (um pouco opacas, é verdade). A câmera maior e mais pesada nem era motivo de incômodo diante de tamanha novidade, superada pelas máquinas digitais que levaram a fabricante da Polaroid à falência em 2008.
3. Videocassete
O videocassete levou pela primeira vez o cinema para a casa de todos. Qualquer filme estava à disposição em uma das muitas locadoras de vídeo que se proliferaram pelos bairros das grandes e pequenas cidades - onde era de bom tom devolver a fita rebobinada. Nas VHS ainda era possível gravar programas da TV para assistir e reassistir quantas vezes desse vontade. Também eram em volta do videocassete que as famílias se reuniam para assistir a algum evento gravado pelo parente que tinha uma filmadora. Hoje em dia, a missão dessas pessoas é encontrar um dos muitos profissionais que surgiram oferecendo passar essas lembranças para um - bem mais seguro - DVD.
2. Disquete
Pen drive? Isso não era nem uma miragem quando as pessoas começaram a sentir necessidade de armazenar as acumuladas informações em seus computadores para dar espaço a outros milhares de dados que estavam esperando sua vez para serem registrados. Só restava o disquete - um disco magnético com capacidade de míseros megabytes - o que, para a época, era uma imensidão de memória. Frágeis, tinham uma vida útil não muito longa: aproximadamente cinco anos, tempo que a fita magnética sobrevivia.
1. Máquina de escrever
Ter um curso de datilografia era um diferencial e pré-requisito, nos anos 70 e 80, para se obter um bom emprego. Mas de prática a máquina de escrever não tinha nada. Além do peso, só permitia uma folha por vez e não era compassível com erros - se fosse algum documento importante, você teria que recomeçar a digitação desde o início. Não à toa foram patroladas pela tecnologia dos computadores e toda a rapidez e eficiência que surgiu a partir da era da informática. Hoje, não passam de peças de museus para marcar o cenário de determinada época.
Fonte: Veja.com
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