Uma rede só de mulheres não seria nada social. No máximo, tolerante. Tentar classificar o público feminino sempre dá a maior confusão e o que falar. E é exatamente isso que vamos tentar fazer agora.
A gente torce para que nenhum chapéu sirva. Mas se insistir, trabalhamos com uma gama variada de cores, formatos e tamanhos.
Polemizar é viver.
Mulher Orkut:
A “mulher Orkut” é barraqueira, gosta de se exibir, de saber da vida dos outros, tira foto fazendo biquinho e coraçãozinho com a mão. Pega sol na laje e toma banho de mangueira. Costuma ir na balada de carona, geralmente um Corcel com o adesivo “A sua inveja é a força do meu suçesso”. Sim, com cedilha.
A “mulher Orkut” odeia acordar cedo, adora estrogonofe e detesta gente que se acha. Vai do “Luto” ao “Findi Perfeito” em um F5.
Seus depoimentos têm uma rotatividade enorme de ex-namorados. E é capaz de te confidenciar os maiores segredos por ali. Só não aceita, tá?
Estilos musicais preferidos: Ivete Sangalo, Parangolé e derivados. É daquelas que torce para que o IPI continue reduzido e a Stephany Absoluta lance música em outro automóvel da moda.
Mulher Twitter
A “mulher Twitter” está sempre com fome, entediada e tomando banho.
Vive reclamando que não pega ninguém. Deve ser porque tá sempre com o Blackberry na mão. Mulher antenada, mas que só sabe das últimas novidades da fármacia.
Evita se socializar porque se sente perseguida. Teme mais a ausência de RT que de vida sexual. Passa o dia tentando se comunicar com as estrelas da TV e à noite com seres de outros planetas.
Reclama de solidão, enche a cara de vodca, faz uma twitcam pelada e depois se arrepende.
Estilos musicais preferidos: os cantores Maria Gadú, Ana Carolina e Simone.
Mulher Facebook
A patricinha das redes sociais. Já foi Orkut e não assume. A “mulher Facebook” comumente fala em 2 línguas e se comunica com outras 4 na cama. É muito popular no exterior, mas em casa não faz milagre.
Quando ela diz que vai “curtir” a vida, na verdade vai ver se já tá na hora de colher as melancias que plantou no Farmville.
Fica feliz de fazer parte desse universo, porque é um dos poucos lugares onde um mural não está pichado com seu nome acrescido do apelido “piranha”.
É a típica “maria vai com as outras”, fazendo amizades apenas por sugestão do sistema. Na falta de classificação melhor, é uma VIP que entrou pelo sistema de cotas.
Reza para que o editor de uma revista esteja por milagre zanzando por ali.
Estilos musicais preferidos: Los Hermanos, Móveis Coloniais de Acaju, Teatro Mágico e Claudia Leitte (pois é, resquícios de um Orkut ainda vivo).
Mulher Foursquare
A Mulher Foursquare é cosmopolita, agitada, posa de quem sabe onde as coisas acontecem e faz questão de fingir que está lá.
Pra ganhar status, só faz check-in em lugares legais e lojas caras mesmo que não esteja comprando nada. Na hora do almoço passa em frente ao restaurante da moda e deixa recadinho pra quem pede “dicas” no Foursquare dizendo que o consomé que ela achou no cardápio da porta é “divino”. Sai dali e vai ao boteco na esquina pedir um joelho com refresco de caju e azia.
Ela é controladora e quer saber onde você está. E por quê. E por quê não avisou quando foi pra outro lugar. E sugere um lugar melhor do que o melhor lugar que você já foi, que é onde tem o tal consomé “divino” que ela nunca comeu, enquanto tenta descobrir o que diabos, afinal, é consomé.
Estilos musicais preferidos: todos, porque ela ouve o que toca nas lojas e restaurantes.
Texto do genial Tio Dino
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